Saltar para conteúdo Mapa do site Ajuda à navegação

Página inicial Teatro Aveirense

back
OU

OU

  • Sexta-feira, 16 Maio 2025
    21h30 — Sala Principal

Comprar bilhetes Página da ticketline

Sinopse

“A voz do mar encheu o céu e a terra. Uma voz que está cheia e se quebra, e nunca mais acaba”.

No seu contínuo balanço, o mar traz e leva consigo memórias de todos os tempos.

Foi o mar que trouxe Vasco da Gama a Inhambane, cidade do sul de Moçambique batizada por ele de ‘Terra de Boa Gente’. E foi por mar que foram levadas de Inhambane milhares de pessoas escravizadas, muitas delas perdidas para sempre nas suas águas.

“— O mar é um mundo. No mar há vida. Há montanhas, plantas, vento e peixe. Há vida humana nas profundezas”.

Inspirados pela mitologia de Drexciya, que imagina um povo subaquático descendente de escravos africanos que foram deitados ao mar durante a travessia do Atlântico, e pelo testemunho de uma curandeira de Inhambane sobre as suas experiências com os espíritos do mar, OU reflete sobre múltiplos encontros. O encontro de dois corpos, com as suas forças, as suas abstrações, as suas histórias, as suas vontades. O encontro entre o mar e a terra, o visível e o invisível, o ancestral e o contemporâneo, o espiritual e o terra-à-terra.


Resultado de uma colaboração entre André Braga & Cláudia Figueiredo e Panaibra Canda, OU tomou como pronto de partida a paisagem de Inhambane, terra de memórias familiares e coloniais, onde o presente se mistura com as reverberações do passado.

A memória enraíza-se no concreto, em espaços, gestos, imagens e objetos”. Interessa-nos pensar a História a partir a partir de outras perspectivas, outras vozes, outras linguagens e de um pensamento cruzado que sobrepõe passado, presente, futuro. Interessa-nos prosseguir com a pesquisa sobre o que Paul Carter chamou de “política do chão”: “um novo pisar que não terraplane o terreno, mas que deixe o chão galgar o corpo, determinar os gestos, os movimentos, numa nova coreografia social”. 

Com uma linguagem fortemente transdisciplinar, OU entrelaça dança, som, vídeo, luz e palavra num tecido sensorial que convida à escuta e à imaginação. A proposta é um convite a pensar a História pela via da ficção, da fabulação, da presença fantasmagórica como forma de justiça e memória.

Informação adicional

Comprar bilhetes

Maiores de 12 anos

Preço 5€


Ficha Artística
André Braga, Cláudia Figueiredo e Panaibra Canda (direção artística, desenvolvimento do conceito e dramaturgia)
em colaboração com Gonçalo Mota (dramaturgia e vídeo) e João Sarnadas (sonoplastia)
André Braga e Panaíbra Canda (interpretação)
André Braga com Sandra Neves (espaço cénico)
Santiago Rodríguez Tricot (luz)
Sandra Neves (figurinos)
Ana Carvalhosa (direção de produção)
Joana Mesquita e Cláudia Santos (produção)
João Gravato (apoio à administração)
Pedro Coutinho (coordenação técnica)
Joana Borges (comunicação)
Teatro Aveirense / Câmara Municipal de Aveiro, Festival DDD / Teatro Municipal do Porto, Teatro das Figuras e São Luiz Teatro Municipal (coprodução)
Centro Cultural Machavenga, Casa Provincial da Cultura de Inhambane, CulturArte (apoio à residência)
Município do Porto e IEFP / Cace Cultural do Porto (outros apoios)
A Circolando – Central Elétrica é uma estrutura subsidiada por Ministério da Cultura / Direção Geral da Artes