Um convite para pensar a história no Teatro Aveirense
Data publicação — 9 Maio 2025
O Teatro Aveirense recebe o resultado de uma colaboração entre André Braga & Cláudia Figueiredo, da companhia CRL – Central Elétrica, e o performer e coreógrafo moçambicano Panaibra Canda. Com apresentação marcada para o dia 16 de maio, o espetáculo OU toma como ponto de partida a paisagem de Inhambane, no sul de Moçambique, terra de memórias familiares e coloniais, onde o presente se mistura com as reverberações do passado.
Inhambane é uma localidade simbólica por ter sido um ponto de desembarque de Vasco da Gama, que a batizou de ‘Terra de Boa Gente’. A evolução dos acontecimentos e os seus contornos coloniais levaram a que de Inhambane saíssem milhares de pessoas escravizadas, muitas delas perdidas no mar.
Inspirado pela mitologia de Drexciya, que imagina um povo subaquático descendente de escravos africanos que foram deitados ao mar durante a travessia do Atlântico, e pelo testemunho de uma curandeira de Inhambane sobre as suas experiências com os espíritos do mar, OU reflete sobre múltiplos encontros. O encontro de dois corpos, com as suas forças, as suas abstrações, as suas histórias, as suas vontades. O encontro entre o mar e a terra, o visível e o invisível, o ancestral e o contemporâneo, o espiritual e o terra-à-terra.
Com uma linguagem fortemente transdisciplinar, OU entrelaça dança, som, vídeo, luz e palavra num tecido sensorial que convida à escuta e à imaginação. A proposta é um convite a pensar a História pela via da ficção, da fabulação, da presença fantasmagórica como forma de justiça e memória.
Inhambane é uma localidade simbólica por ter sido um ponto de desembarque de Vasco da Gama, que a batizou de ‘Terra de Boa Gente’. A evolução dos acontecimentos e os seus contornos coloniais levaram a que de Inhambane saíssem milhares de pessoas escravizadas, muitas delas perdidas no mar.
Inspirado pela mitologia de Drexciya, que imagina um povo subaquático descendente de escravos africanos que foram deitados ao mar durante a travessia do Atlântico, e pelo testemunho de uma curandeira de Inhambane sobre as suas experiências com os espíritos do mar, OU reflete sobre múltiplos encontros. O encontro de dois corpos, com as suas forças, as suas abstrações, as suas histórias, as suas vontades. O encontro entre o mar e a terra, o visível e o invisível, o ancestral e o contemporâneo, o espiritual e o terra-à-terra.
Com uma linguagem fortemente transdisciplinar, OU entrelaça dança, som, vídeo, luz e palavra num tecido sensorial que convida à escuta e à imaginação. A proposta é um convite a pensar a História pela via da ficção, da fabulação, da presença fantasmagórica como forma de justiça e memória.